14 de junho de 2011

8 drogas ilegais que já foram (ou ainda são) prescrição médica


( Postado no dia 14.06.11)

Livia Aguiar 14 de junho de 2011
A proibição e restrição ao uso de drogas não tem nem 100 anos no Brasil. A primeira lei que tentou controlar o uso de alguma substância foi formulada em 1921 após pressões internacionais em uma convenção em 1911. O mais estranho é ver que drogas muito pesadas e altamente viciantes não eram apenas permitidas: elas eram recomendadas pelos médicos para tratar doenças comuns.
Ópio
Extraído da semente de papoula, tem cor marrom e é fumado em um cachimbo ou mascado. Causa euforia breve, seguida de torpor com alucinações. É dele que é extraída a morfina – utilizada ainda hoje na medicina como anestésico e potente remédio contra a dor. Seus usuários emagrecem e ficam amarelados, além de perderem capacidades intelectuais e físicas. Não é uma droga muito difundida no Brasil – ainda bem, pois seus viciados podem realmente morrer de abstinência se ficarem sem ópio por mais de 12 horas. Proibido no Brasil durante a primeira leva de leis antidrogas, em 1921.
Heroína
Derivada do ópio, foi sintetizada no final do século XIX para ser uma alternativa não-viciante para a morfina, como tratamento para dor e para tosse de crianças (!) . Seu uso preferencial é intravenoso, pois o efeito ocorre mais rapidamente – e mais devastador. Ela causa efeitos similares ao ópio, como euforia, conforto e sonolência. O seu uso constante pode causar surdez, cegueira e inflamações nas válvulas cardíacas. Metabolizada no fígado, ela pode afetar inclusive os filhos de consumidoras, por ultrapassar a placenta das grávidas. Estas crianças nascem com deformidades e já são super dependentes da droga desde o berço. Ironicamente, descobriu-se mais tarde que ela era ainda mais viciante que morfina e foi proibida no Brasil em 1921.
Cocaína
A folha de coca é a planta divina dos Incas (império précolombiano que dominava o oeste da América do Sul). Em sua forma natural, não causa dependência, é legalizada e amplamente utilizada na Bolívia e Peru, onde inclusive é considerada necessária à sobrevivência em altitude por facilitar a absorção de oxigênio pelo pulmão no ar rarefeito.
Já a cocaína, sintetizada a partir da folha de coca, é proibida nestes países assim como no resto do mundo. Vendida em pó, é geralmente aspirada. Seus efeitos principais são: euforia, diminuição da fadiga, insônia e falta de apetite. Devido à presença de dopamina, é uma droga altamente viciante. O desenvolvimento de tolerância à ela faz com que o usuário sinta efeitos negativos ao consumir pequenas doses de cocaína, como paranoia e agressividade. Seu uso pode causar necrose nas vias nasais e, se consumida em excesso, pode levar à overdose e à morte.
No começo do século XX a cocaína era vendida nas farmácias como tônico e analgésico. A Coca-Cola era basicamente um xarope de coca até 1903, quando os fabricantes, preocupados com os riscos de dependência, a retiraram da fórmula e a sustituíram por cafeína (também estimulante e viciante, mas em menor grau). Em 1914, a cocaína foi proibida nos EUA e mais tarde, em 1921, no Brasil.
LSD
O ácido lisérgico, comummente chamado de “doce”, é uma das drogas mais alucinógenas que existem. Sintetizado pela primeira vez em 1938 a partir de um fungo, seus efeitos só foram descobertos em 1943 por acidente. Sob o nome de Delysid, foi utilizado no tratamento de esquizofrenia, disfunções sexuais e alcoolismo, com a chamada psicoterapia psicodélica, até meados de 1970. Ainda que não cause dependência física, o LSD pode causar dependência psicológica, por ser uma substância que amplifica as emoções do usuário, sejam essas positivas ou negativas.
Ecstasy
A patente do ecstasy remonta a 1912, para uso militar (pois diminui a fome e o sono) mas ele foi esquecido até meados da década de 1960, quando um professor estadunidense começou a utiliza-lo em psicoterapias. Com o tempo, seu uso se ampliou para melhorar o ânimo e o desejo sexual. Comercializado em forma de pílula, também é chamado de “bala” no Brasil. Ele causa euforia, sensação de bem-estar, aumento da percepção sensorial e grande perda de líquidos. Entre 1999 e 2004, mais de 250 pessoas morreram no Reino Unido depois de tomar bala, por superaquecimento, falha no coração ou beber muita ou pouca água. Com o uso constante, o ecstasy pode levar à perda de eficácia do cérebro e a perda de memória.
GHB
Também conhecido como uma das drogas do “Boa Noite Cinderela”, o GHB foi sintetizado em laboratório na década de 1930 e utilizado como hipnótico e anestésico a partir da década de 1960. Mais tarde, percebeu-se que pessoas mal intencionadas estavam utilizando-o para estuprar e roubar, pois a droga causa perda de controle, relaxamento muscular e desorientação ao usuário. Foi proibido na década de 1990. No Brasil, porém, é ainda utilizado em raros casos de distúrbios do sono e epilepsia.
Metanfetamina
Criada por um químico japonês em 1893, a tina (ou cristal meta) começou a ser utilizada no começo do século XX no tratamento de epilepsia, alcoolismo, obesidade mórbida, deficit de atenção, depressão e até alergias. Rapidamente, porém, notou-se seu alto potencial viciante e foi proibida. Vendida na forma de cristais, estes podem ser fumados ou esmagados até virar pó. Em forma de pó, pode ser cheirado ou misturado com água e injetado. Causa euforia, dimiui o apetite, intensifica emoções, entre outras sensações. Em pouco tempo o usuário precisa aumentar a dose para sentir seus efeitos. Ela também desperta comportamento psicótico e violento devido aos danos que ela causa ao sistema nervoso central e pode desencadear psicoses e problemas de saúde graves e permanentes.
Maconha
Considerada a mais leve das drogas ilegais e a mais consumida no mundo. Consiste em folhas e flores secas de Cannabis fumadas em cigarros ou cachimbos. A droga pode ter efeito tanto entorpecente quanto estimulante e já foi utilizada como “soro da verdade” por uma agência governamental nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (!). No Brasil, ela era vendida com o nome de Cigarros Índios, indicados para asma, tosse, rouquidão e insônia.
Proibida em nosso país a partir de 1930, ainda há discussões da necessidade de sua legalização. Na Holanda, é possível comprá-la legalmente em locais destinados a este fim e o governo dos EUA a distribui de graça estritamente para uso medicinal (tratamento de glaucoma, náuseas, vômitos e analgesia em geral). Confira nosso especial sobre a maconha.

6 de junho de 2011

Curiosidade do Reino Animal

 
Mais antigos
Os animais passaram do mar à terra há 414 milhões de anos. Os primeiros animais terrestres do mundo incluem dois tipos de centípedes e uma pequena aranha encontrada entre restos de plantas.
Mais barulhento
O mais barulhento dos animais terrestres é o bugio das Américas Central e do Sul. Os machos possuem uma estrutura óssea na parte superior da traquéia que permitem que o som reverbere. Seus gritos assustadores foram descritos como um misto de latido de cão e zurro de asno, ampliado mil vezes, seus gritos podem ser ouvidos a até 5 Km de distância.
Mais fortes
Em proporção ao seu tamanho, os animais mais fortes são os besouros gigantes, encontrados principalmente nos trópicos. Testes realizados com o besouro-rinoceronte demonstravam que pode suportar em seu dorso 850 vezes o próprio peso. Para efeito de comparação, um homem pode levantar (com um auxílio de suporte) apenas 17 vezes o próprio peso.
Mordida mais forte
Um tubarão pardo de 2 m de comprimento pode exercer uma força de 60 Kg entre suas mandíbulas, o equivalente a uma pressão de t/cm2 nas pontas dos dentes. Apesar de não terem medido as mordidas de tubarões maiores, como o tubarão branco, deve ser ainda mais forte.
Olfato mais aguçado
O olfato mais aguçado existente natureza é o do macho da mariposa imperador que segundo experimentos feitos na Alemanha em 1961, pode detectar a substância sexual produzida pela fêmea virgem à distância de 11 Km, contra o vento. Os receptores localizados nas antenas do macho são tão sensíveis que são capazes de detectar uma única molécula de substância.
Mais venenosos
Os pequenos e brilhantes sapos das Américas Central e do Sul secretam algumas das toxinas biológica mais mortais conhecidas. A espécie é tão perigosa que os cientistas precisam usar luvas grossas para manipulá-la, no caso de eles terem cortes ou arranhões em suas mãos.


Fonte: http://www.sobiologia.com.br/